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1957 - João Rodrigues de Mattos e a necessidade de se proteger a natureza
João Rodrigues de Mattos percebeu a necessidade de se proteger a natureza dessa área do país, sobretudo as Florestas de Araucárias que vinham sendo dizimadas de forma insensata. Para as regiões do Morro da Igreja (Pedra Furada) e Santa Bárbara, onde ficam as nascentes dos rios Pelotas (o principal afluente do Rio Uruguai), do rio Lava-Tudo, e do rio Três Barras (afluente do Rio Tubarão), ele propunha que se criasse um Parque Florestal ou Reserva Florestal que protegeria a flora e fauna, as nascentes dos rios, e, visualizando muitas décadas à frente, ainda iria servir ao uso turístico.
1958 - O Serviço Florestal do Ministério da Agricultura e o problema da exploração da Araucária
O Serviço Florestal do Ministério da Agricultura, sensibilizado para o problema da exploração da Araucária em Santa Catarina, e já tendo assistido a quase extinção da espécie nos estados vizinhos, iniciou levantamentos geo-econômicos e de aerofotogrametria, selecionando uma área de 49.300 ha, com representatividade de ecossistemas de Floresta Ombrófila Densa (FOD), Floresta Ombrófila Mista (FOM), Campos de Altitude e Matinhas Nebulares, além de belíssimos e cientificamente relevantes monumentos geológicos, como a Pedra Furada, o Morro da Igreja, os cânions e precipícios localizados na Serra Geral, em um dos únicos pontos do país onde no inverno há queda regular de neve.
1961 - Devastação dos pinheirais continuava
Diante da devastação dos pinheirais que continuava assustadoramente, foi criado um Grupo de Trabalho no Serviço Florestal do Ministério da Agricultura, o qual propôs a criação de um Parque Nacional para a referida área selecionada.
Assim, em 06 de julho de 1961, o Presidente da República, Sr. Jânio Quadros, assinou o Decreto nº 50.922 criando o Parque Nacional de São Joaquim, com administração do Governo Federal.
1980 - Criação do Parque Estadual da Serra Furada
No município de Grão-Pará, a Fundação de Meio Ambiente de SC (FATMA) criou o Parque Estadual da Serra Furada, com 1.329 hectares (ha), limitando-se a oeste com o Parque Nacional de São Joaquim e formando com este um continuum de Floresta Ombrófila.
1982 - Ministério da Aeronáutica adquiriu terras junto ao Morro da Igreja e da Pedra Furada
O Ministério da Aeronáutica adquiriu terras junto ao Morro da Igreja e da Pedra Furada, e implantou e construiu no ponto cênico e geológico mais atraente do Parque Nacional, um sistema de radares para controle do espaço aéreo – CINDACTA II. Devido à dificuldade de acesso ao local, foi feita a pavimentação de 17 quilômetros de estrada, dos quais aproximadamente 11 quilômetros ficam dentro da área do Parque.
A facilidade de acesso a uma área cenicamente atrativa consagrou o Morro da Igreja como uma espécie de "Zona de Uso Público" do Parque Nacional, mesmo antes da existência de um Plano de Manejo. Dessa forma, o uso turístico que ali ocorria era inadequado, desordenado, sem a mínima infraestrutura necessária e com grande parte dos visitantes dirigindo-se ao local para olhar rapidamente a paisagem, porém sem compreender-lhe o verdadeiro conteúdo.
Ainda na década de 80, neste mesmo local foi instalada rede aérea de alta-tensão proveniente do litoral e em distribuição pelo Planalto Serrano, após atender prioritariamente o CINDACTA.
1989 - Morro da Igreja ainda sendo devastado
Desde a sua criação e durante o seu tempo de existência, o Parque sofreu muita devastação, sendo que, logo de início, os proprietários de terras situadas em seu interior, acreditando que nunca seriam indenizados, imediatamente trataram de vender "suas Araucárias" para serrarias. A situação somente teria começado a ser controlada, ainda que de forma insatisfatória, a partir da formação do citado quadro de servidores em 1979, e com a posterior aquisição da sede administrativa, em 1990.
1990 - IBAMA coloca em prática o Programa Nacional do Meio Ambiente (PNMA)
Em 1990 o IBAMA colocou em prática atividades do PNMA - Programa Nacional do Meio Ambiente, com recursos financeiros do Banco Mundial, a ser aplicado em Unidades de Conservação. Nesta data foi adquirida uma casa na cidade de Urubici (SC) para instalação de sua sede administrativa.
1995 - Base Administrativa no parque
Apesar de ainda não dispor de um Projeto para a sua implantação, o IBAMA desde Brasília, procurou dotar o Parque Nacional de uma base administrativa operacional, e em 1998 decidiu aplicar neste Parque e em indenizações, os recursos oriundos do pagamento da compensação ambiental da passagem por Santa Catarina do Gasoduto Bolívia-Brasil, da duplicação da BR-101 trecho Norte e também da MAESA – Machadinho Energia Elétrica S/A.
2006 - Adquiridas áreas desapropriadas
Em 2006 foram adquiridas as primeiras áreas desapropriadas e, desde então, outras propriedades vêm sendo compradas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio (sucessor do IBAMA na administração do Parque).
2016 - Lei 13.273, de 15/04/2016.
Publicação da Lei 13.273, que altera os limites do Parque Nacional de São Joaquim. Esta lei foi de extrema importância para a gestão do PNSJ, pois demarcou com coordenadas geográficas os limites do parque. Com a publicação desta lei, o PNSJ passa a abranger o município de Lauro Muller/SC.
2017 - Elaboração do Plano de Manejo do PNSJ
De acordo com a lei 9.985/2000 (SNUC) o Plano de Manejo é o documento técnico no qual se estabelecem o zoneamento e as normas que devem presidir o uso da Unidade de Conservação (UC) e o manejo de recursos naturais, inclusive implantação de estruturas físicas necessárias à gestão da área. Em 2017, a gestão do PNSJ em parceria com equipe do Serviço de Parques Nacionais dos Estados Unidos da America (NPS) e do Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS), realizaram oficinas participativas para elaboração do Plano de Manejo desta UC. O Plano de Manejo foi elaborado utilizando-se abordagem baseada no Foundation Document - Documento Alicerce - , do NPS EUA, adaptando ao contexto legal Brasileiro . O Plano de Manejo já está concluído aguardando publicação para ser oficializado.
Atualidade
Atualmente o Parque Nacional de São Joaquim - PNSJ tem fundamental importância para o turismo na Serra Catarinense, visto abrigar um importantíssimo atrativo na região, o Morro da Igreja, com vista para a Pedra Furada. No ano de 2017 recebeu aproximadamente 119.000 (cento e dezenome mil ) visitantes neste ponto, colocando este Parque Nacional em posição de destaque entre os mais visitados do País.
Para acessar o atrativo é necessário solicitar autorização na Sede do ICMBio em Urubici/SC. Este procedimento foi estabelecido com intuito de ordenar a atividade de visitação, assegurar uma experiência tranquila e segura para os visitantes, além de minimizar possíveis impactos. Devido às autorizações que são emitadas na sede do Parque, há possibilidade de importante coleta de dados do perfil o visitante na unidade.