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A equipe do CBC desenvolve projetos de pesquisa para subsidiar o manejo de unidades de conservação seguindo as linhas de pesquisa abaixo.
A equipe do CBC está desenvolvendo os seguintes projetos sobre o controle de espécies de plantas exóticas invasoras.
Título: Controle de gramíneas exóticas invasoras em unidades de conservação do Cerrado.
Resumo: Espécies invasoras consistem em ameaça à conservação da biodiversidade em unidades de conservação. Espécies de plantas invasoras podem excluir competitivamente plantas nativas, impedir os processos de sucessão ecológica e alterar o funcionamento dos ecossistemas. A presença e o impacto causado por espécies invasoras em áreas protegidas são notórios e os esforços de controle ainda são limitados. Diante disso, propomos um projeto para testar técnicas de controle de gramíneas invasoras e ao mesmo tempo sensibilizar a comunidade do entorno das UCs sobre o tema. Pretendemos que este esforço sirva de subsídio ao conhecimento e incentivo para que outras Unidades de Conservação, além daquelas contempladas pelo presente projeto, realizem atividades de controle de espécies invasoras. Para atingir os objetivos propostos, o presente projeto prevê o teste de técnicas de controle das gramíneas exóticas em áreas dominadas por estas espécies nas UCs. Para tal serão delimitadas parcelas seguindo um desenho experimental para a aplicação de tratamentos de controle de invasoras e facilitação de espécies nativas, e nestas parcelas serão tomadas medidas de cobertura do solo e riqueza de espécies. Para sensibilizar a comunidade de entorno das UCs sobre o problema das espécies invasoras serão realizadas atividades de educação ambiental e dias de campo com proprietários rurais utilizando uma área de restauração demonstrativa. Por fim, os resultados do projeto serão repassados para gestores de outras UCs onde o estudo possa ser replicado.
Coordenador: Alexandre Bonesso Sampaio
Parceiros: Reserva Biológica da Contagem e Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Embrapa Cenargen e Cerrados, Universidade de Brasília, departamentos de Botânica e Ecologia e Pequi Pesquisa e Conservação do Cerrado.
Prazos: iniciado em 2012.
Resultados obtidos: Durante o primeiro ano do projeto foram realizadas atividades de controle de gramíneas exóticas invasoras, colheita de sementes e plantio de sementes de espécies nativas do Cerrado bem como atividades de Educação Ambiental e incentivo ao programa de voluntários nas duas UCs.
Para a coleta de sementes, foram escolhidas espécies de diversas formas de vida e fisionomias savânicas, sendo prioritariamente espécies abundantes e com pelo menos uma das seguintes características: boa germinação e estabelecimento inicial, rápido crescimento em altura e formação de dossel ou cobertura do solo. As sementes foram coletadas entre abril e novembro de 2012.
Para o plantio, foram testadas duas técnicas: (i) plantio em linha e (ii) plantio a lanço em terra arada. O plantio em linha tem a vantagem de permitir a manutenção do controle mecânico das gramíneas invasoras, pela cobertura do solo ao redor da linha de plantio com palhada das próprias gramíneas cortadas nas entrelinhas. O plantio a lanço em terra arada tem a vantagem de demandar menos mão-de-obra para execução, permitindo a expansão para extensas áreas, porém não permite a manutenção do controle mecânico das gramíneas até que as espécies plantadas estejam estabelecidas. Foram coletadas 26 espécies, 12 arbóreas, 5 arbustivas e 9 herbáceas dentro e no entorno do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e 20 espécies, 9 arbóreas, 7 arbustivas e 4 herbáceas dentro e no entorno da Reserva Biológica da Contagem (Anexo 1). Combinado ao plantio a lanço em terra arada, foi testado o plantio de Stylosanthes capitata (leguminosa nativa do Cerrado) com o intuito de que esta espécie cresça e cubra o solo rapidamente competindo com as gramíneas exóticas.
O primeiro resultado deste experimento foi a estimativa de custo para a instalação destas técnicas de controle e restauração. O plantio em linha custa aproximadamente R$ 8.700,00/ha e o plantio em terra arada custa R$ 5.600,00, considerando a coleta, beneficiamento e plantio das sementes, além da roçagem das gramíneas e aragem do solo. Ao todo, foram manejados 3ha em cada UC, sendo 1,8 ha efetivamente plantados com sementes por UC.
O trabalho de educação ambiental nas duas UCs envolveu 3 escolas do ensino fundamental e uma creche no município de Alto Paraíso (entorno do PNCV) e duas escolas de ensino fundamental no entorno da REBIO Contagem, sendo ao todo 320 crianças atendidas em duas atividades, uma em sala de aula e outra em visita às UC (Anexo 2). Em Alto Paraíso foi feita ainda uma exposição de trabalhos artísticos baseados nas atividades desenvolvidas (Anexo 2). Na REBIO Contagem, foi criado um programa de voluntariado em que pessoas vivendo no entorno da UC contribuíram com a coleta e plantio de sementes. Como produtos de todo o projeto tivemos: (i) treinamento de dez pessoas locais para a coleta de sementes; (ii) treinamento de 15 pessoas locais para o plantio das sementes; (iii) sensibilização de 320 crianças e 25 professores e coordenadores pedagógicos; (iv) apresentação do projeto para os gestores do Parque Nacional de Brasília e REBIO Contagem, para a Associação de moradores da BASEVI, entorno da REBIO, para o Conselho de Meio Ambiente de Alto Paraíso e para a Rede de Multiplicadores de Educação para a Sustentabilidade da Chapada dos Veadeiros; (v) orientação de dois alunos de graduação (um CIEE e outro PIBIC) na execução de parte do projeto; (vi) estabelecimento de parcelas de monitoramento do sucesso da restauração e expansão das áreas invadidas por gramíneas exóticas; (v) estabelecimento de parceria com a Embrapa Cerrados e Cenargen para o estabelecimentos dos experimentos e com a Universidade de Brasília para experimentos de germinação de sementes.
Para o ano de 2013 houve a captação de recursos junto à Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, o qual será suficiente para bancar os custos de coleta de sementes, plantio e trator por dois anos para os experimentos no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (R$ 47.000,00).
Título: Manejo de Pteridium arachnoideum (Kaulf.) Maxon e sucessão secundária de matas de galeria após o fogo na Reserva Ecológica do IBGE (RECOR).
Resumo: Pteridium arachnoideum (samambaião) é uma pteridófita oportunista que invade matas de galeria no Brasil Central perturbadas por fogo. Há indícios de que esta espécie dificulte a sucessão secundária de espécies nativas, devido a sua alta taxa de crescimento, a formação de denso dossel e a capacidade de acidificar os solos, que a tornam forte competidora em relação às plantas nativas. Após incêndio ocorrido no início de setembro de 2011 na RECOR, onde P. arachnoideum já domina mais de 20ha, iniciou-se um trabalho de manejo desta espécie e plantio de mudas nativas. O objetivo deste estudo foi testar diferentes estratégias de manejo (realizadas em dezembro de 2011) e descrever a sucessão secundária após fogo em 3 matas de galeria queimadas e invadidas por P. arachnoideum. Área 1 – o manejo foi amassar as haste de P. arachnoideum; Área 2 – corte das hastes; Área 3 – sem manejo. Junto ao manejo de P. arachnoideum houve plantio de árvores nativas nas 3 Áreas. Em março de 2012 foram alocadas aleatoriamente 25 parcelas de 1m x 1m em cada Área. Foram tomadas as seguintes medidas por parcela: identificação de todas fanerógamas; porcentagem de cobertura do solo por espécie; altura máxima do dossel de P. arachnoideum; número de indivíduos e classe de altura. Amostrou-se 7118 indivíduos, sendo 678 hastes de P. arachnoideum e o restante de outras 84 espécies, sendo 20% destas plantas ruderais associadas à agricultura. Apenas 5 indivíduos (3%) foram de 3 espécies arbóreas (Mauritia flexuosa, Hedyosmum brasiliense e Inga sp.). A maioria foram herbáceas (30% - 26 spp.), sendo destas 11% (10 spp.) gramíneas. A similaridade florística entre as 3 Áreas foi baixa, onde apenas 3 espécies ocorreram em todas Áreas e 67 foram exclusivas a apenas uma Área. A cobertura média do solo por P. arachnoideum para cada Área foi: 73% (Área 1); 40% (Área 2); e 92% (Área 3). Para as demais espécies regenerantes a cobertura média foi: 4%, 3% e 2%, respectivamente. P. arachnoideum apresentou alturas médias do dossel de 1,20m, 1m e 1,70m para cada Área respectivamente. Para as outras espécies apenas 3% (173) dos indivíduos foram mais altos que 50cm e apenas 15 maiores que 1m. Os dados são ainda preliminares para conclusões consistentes, mas parece haver indício de que: o histórico de perturbação das Áreas está influenciando a composição de espécies regenerantes, indicado pela presença de espécies ruderais; P. arachnoideum está dificultando a regeneração de espécies nativas, indicado pela baixa cobertura destas espécies e pela raridade de árvores regenerando nas Áreas; o manejo aplicado ao P. arachnoideum parece surtir um efeito inicial na cobertura e altura desta espécie, porém este efeito pode ser apenas temporário até que haja rebrota de mais hastes e estas cresçam igualmente em todas as Áreas, independentemente do manejo aplicado. Diante disto, o presente estudo pretende continuar o monitoramento da espécie P. arachnoideum e testando o corte sucessivo das hastes desta samambaia.
Coordenador: Alexandre Bonesso Sampaio
Parceiros: RECOR IBGE.
Prazos: iniciado em 2012.
Resultados obtidos: Foram instaladas parcelas permanentes de monitoramento da sucessão secundária das matas de galeria queimadas e experimento testando o corte do samambaião. Este projeto já indica que há um efeito significativo do corte das hastes desta espécies invasora e este pode ser um manejo para esta espécie, porém este resultado será confirmado pela coleta de dados ao longo de pelo menos mais dois anos.
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